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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Será que o "trio de ferro" aguenta?


Os escolhidos de Dilma Rousseff, para comandar a economia brasileira nos próximos quatro anos, Alexandre Tombini (Banco Central), Guido Mantega (Fazenda) e Mirian Belchior (Planejamento), já deixaram claro que pretendem continuar na condução da política macroeconômica. Mantega, em seu primeiro ano como ministro de Dilma, frisou que os gastos serão cortados e a poupança pública crescerá. Tombini, disse que o combate contra a inflação será a principal meta do BC e que, se for preciso, aumentará as taxas de juros para que a inflação não chegue a valores exorbitantes. Já Mirian Belchior, parece assumir o novo papel de "segunda mãe do PAC", isto é, vai trazer para o ministério do planejamento a missão de alavancar os investimentos públicos, seguindo a mesma política de Dilma no governo Lula.
Tudo muito bom. O Banco Central, com sua política independente, continuará com a meta de controle da inflação, enquanto a Fazenda e o Planejamento se encarregam em investir no crescimento interno e no ajuste fiscal.
Mas como será feito o "malabarismo" no ajuste fiscal, para que a divida liquida/PIB atinja 30% conforme promessa de Dilma? E como será alcançado o "objetivo" de juros reais a 2% ao final do mandato? (outra promessa de Dilma). Quando a atual presidente estava em campanha, tudo parecia um mar de rosas, e já em seu no primeiro mês de mandato, ouvimos rumores do "trio de ferro", composto pelo ministro da fazenda, do planejamento e do Banco Central, sobre a política econômica, aparentemente, "surreal" que Dilma pretende implantar.
Pelo visto, a queridinha do presidente Lula, fez perspectivas mirabolantes sobre o crescimento da economia brasileira no seu mandato. O Brasil, com toda certeza, tem potencial para crescer e chegar á números parecidos com os que a atual presidente propôs. É tarefa fácil? Pelo contrário, é uma tarefa muito difícil. Juros reais á 2% ? ... Sem sarcasmo algum, digo que essa eu pagaria pra ver! O "trio de ferro" terá que trabalhar muito e torcer para que os fatores macroeconômicos dêem um "empurrãozinho" na economia. O que não pode haver é o conflito entre a Fazenda, o Banco Central e o Ministério do Planejamento, pois estes caminham em conjuntura, e a falta de entendimento entre eles pode acabar com os sonhos de Dilma.
Combater a inflação, diminuir a taxa de juros e fazer com que a economia interna cresça, é o que, de fato, esperamos. E ai, será que o “trio de ferro” agüenta o peso dos planos tão ousados de Dilma Rousseff ? Veremos nos capítulos que viram nos próximos quatro anos.


 

Um comentário:

  1. Òtimo post meu caro. Para um estudante que está graduando você já demonstra uma grande capacidade de formar opinião e um grande entendimento sobre politica econômica. Estou mestrando pela Fundação Getúlio Vargas em Brasilia e acredito que a busca pelo conhecimento é a base para formarmos valores em nós, seres da raça humana. É lolvável da sua parte ter esta iniciativa em estimular o debate e o espirito questionador. É de jovens assim como você que o Brasil precisa, jovens formadores de opinião. A Fundação Getúlio Vargas frisa muito esses valores. Um forte abraço e sucesso profissional e pessoal para ti. Divulgarei o blog e peço que poste mais.

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